O encontro de Superiores Maiores SCJ da Europa já há muito tempo que estava programado e começámos a chegar, uns vindos de perto, outros de bem mais longe. O aeroporto do Luxemburgo foi a plataforma privilegiada para nos pôr aqui nesta bela casa, plantada na fronteira entre a Bélgica e o Luxemburgo. Eu sou um dos caloiros nestas andanças. Mas há mais: os Provinciais da Espanha, da Polónia e da Alemanha também acabam de chegar a este serviço nas respectivas Províncias.
À nossa espera estava um frio glaciar, convite expresso a permanecermos na casa bem aquecida, sob risco de congelarmos, no todo ou em parte, se nos aventurarmos a pôr pé fora de portas.
Os trabalhos começaram ao fim da tarde deste dia 29 de Fevereiro. Ainda não estamos todos, alguns virão mais tarde e outros nem sequer chegarão. Mas a Europa está bem representada, desde a Ucrânia a Portugal, passando pela Polónia, Áustria, Croácia, Alemanha, Itália, França, Espanha… Da Bielorrússia é que não foi possível vir ninguém, é sempre muito complicado obter vistos; do Reino Unido também não vieram, parece que não está fácil atravessar a Mancha para o continente europeu…
Dos trabalhos constarão o debate do programa do Governo Geral para os próximos seis anos, a partilha sobre o que se vai fazendo em cada uma das Entidades em matéria de pastoral social e outras questões de organização continental, nomeadamente a formação dos nossos candidatos.
Estaremos por aqui até à próxima 6ª feira. Havendo assuntos dignos de registo, cá estarei para partilhar.
P. José Agostinho Sousa
Encontro de Superiores Maiores – Programa do Governo Geral 2015-2021
Como estava previsto e programado, este dia 1 de Março foi praticamente passado à volta do programa do Governo Geral para o sexénio 2015-2021.
O Conselheiro Geral P. Artur Sanecki apresentou-nos demoradamente o programa e procurou deixar-nos algumas pistas de orientação para a sua aplicação na Europa. O documento toma a figura de Abraão como exemplo e inspiração, por ser o crente que se deixa moldar por Deus, que se põe a caminho e que, pela sua atitude de fé e de confiança, se torna para os outros uma bênção de Deus. O programa desenvolve-se depois fundado nos três pilares escolhidos pelo Superior Geral e seu Conselho: formação, solidariedade com os pobres e evangelização, apresentando as diferentes iniciativas, acções e dinâmicas de animação de toda a Congregação.
O estudo deste documento não esgotou a nossa actividade, que passou também pela oração, pelo convívio e por outros assuntos de interesse comum. O dia começou na capela às 07:15h, com a oração da manhã e adoração, passou novamente pela capela às 17:45h, para a celebração da Missa, presidida pelo Provincial anfitrião, P. Jean-Jacques Flammang, e está agora a terminar, com cada qual a dedicar-se às tarefas que tenha por úteis e interessantes.
O dia foi também marcado por algumas curiosidades:
- Juntou-se a nós o Superior da Moldávia, P. Piotr Kuszman, que só hoje conseguiu viagem;
- Há um confrade que perdeu a mala – diz-se a desgraça, não se menciona o desgraçado – e agora se faz anunciar por odores desconfortáveis, que só uma boa muda de roupa poderá expulsar;
- A neve começou a cair, por agora ainda indecisa quanto a permanecer ou a desfazer-se, com a meteorologia a anunciar neve com chuva gelada;
- Foi necessário escolher um novo Presidente e um novo Secretário para o grupo para o próximo triénio e as sortes recaíram respectivamente sobre o P. José Agostinho Sousa, Provincial de Portugal, e o P. Claude Siebenaler, da Província Europa Francófona.
Assim vai a vida por Clairefontaine, fechados em casa, de preferência, que o tempo não está para grandes caminhadas.
P. José Agostinho Sousa
Encontro de Superiores Maiores – Um olhar pela realidade social da Europa
Este dia 2 de Março foi mais variado nas dinâmicas e temáticas. Começámos à mesma hora, no mesmo lugar e a rezar, como sempre.
Os trabalhos propriamente ditos começaram às 09:00h do costume, desta vez com uma ilustre convidada, a Sr.ª Agnès Rausch. Esta senhora tem sido incansável no trabalho de voluntariado, de promoção humana e social das populações mais carenciadas, nomeadamente migrantes e refugiados, no Luxemburgo e no estrangeiro, tendo inclusive trabalhado quatro anos na nossa missão de Kisangani, República Democrática do Congo. É uma das vozes mais autorizadas e respeitadas no que à acção social da Igreja diz respeito, sobretudo aqui na Europa Central.
Deixou-nos uma análise muito interessante da sociedade europeia actual, com muitas críticas à actuação das Instituições europeias. Escolheu para análise e reflexão quatro grandes temas de enorme actualidade: família, pobreza, desemprego e migrantes/refugiados. As suas reflexões e ideias serviram-nos de inspiração para o resto do dia.
E esse resto de jornada foi preenchida pela partilha do que se faz e do que poderá vir a ser feito em cada uma das Entidades da Congregação aqui presentes. A uma conclusão chega-se facilmente: é muito o que se faz ao serviço dos mais pobres e carenciados das nossas sociedades europeias.
Há Províncias que estão já a adaptar as suas casas que antigamente serviram para acolher seminaristas e jovens em formação e que agora acolhem refugiados, sem-abrigo, prostitutas, alcoólicos, deficientes, desempregados… enfim, estão ao serviço das periferias da nossa sociedade. Mas queremos fazer mais e melhor, e fazê-lo de preferência em rede, em cooperação mútua, envolvendo cada vez mais os leigos nos nossos projectos. A propósito desta partilha, surgiu a ideia da criação dum grupo de trabalho, eventualmente uma Comissão de Justiça e Paz, que reflicta e coordene todas estas problemáticas e acções.
Clairefontaine continua fria, mesmo gelada. A neve que se tinha anunciado deu-nos tréguas durante o dia – até esteve sol, embora um sol que não aquecia – mas à noite voltou em força. Vamos ver, pode ser que acordemos com uma paisagem diferente…
P. José Agostinho Sousa
Encontro de Superiores Maiores – Missão partilhada
Este dia 3 de Março está previsto como o último de trabalho farto, amanhã será apenas para alguns encontros mais informais e para começar a regressar a casa, mesmo que aqui nos sentíssemos verdadeiramente em casa.
O dia foi rico em acontecimentos, partilha e programação. Começámos com a visita simpática dos dois Noviços da Europa Francófona – Pierre e Antoine – e o respectivo Mestre, P. André Conrath. Vieram apresentar-se e manifestar a alegria de poder participar na Missão comum que nos une, apesar das tantas diferenças e distâncias. Muito bom!
Hoje recebemos um convidado ilustre: P. Fernando Garrapucho, da Província de Espanha. Veio falar-nos da Comissão Teológica Dehoniana da Europa, de que é coordenador. Ficámos a saber o caminho já percorrido até agora, os projectos que têm em mãos, as propostas que nos fizeram para o futuro próximo e as dificuldades que enfrentam. Todos nos manifestámos disponíveis para continuar a apoiar este projecto, que consideramos de muita importância para a nossa presença dehoniana no continente europeu.
O resto da manhã foi passado à volta de questões mais práticas e de projectos que é necessário assumir ou abandonar num horizonte muito próximo. De todas as discussões e partilhas uma ideia ficou clara: precisamos de trabalhar cada vez mais em conjunto e em rede. Em algumas Entidades as forças vão faltando, é necessário unir esforços e optimizar recursos.
O grosso do trabalho que nos trouxe até aqui estava feito, podemos por isso tirar a tarde para nos dedicarmos a outros “prazeres”. Fomos até à cidade do Luxemburgo, para uma visita mais do que guiada. Começámos pelo Museu de Arte Moderna, onde tivemos a preciosa ajuda duma guia que tudo nos foi explicando em inglês. Depois fomos até à Catedral e a outros pontos de interesse que havia pelas ruas da cidade, desta vez conduzidos pelas sábias explicações do P. Claude Siebenaler, em diferentes línguas, ao gosto e apetência do freguês. Apesar do muito frio, valeu a pena! E ainda melhor quando tudo terminou à volta de muito bem servido repasto, em restaurante onde o frio não fazia parte da ementa, a não ser o gelado com que terminou a refeição.
O dia começou com forte nevão, mas depois a neve desapareceu; a mala perdida chegou finalmente ao seu destino… enfim, tudo parece encaminhar-se para terminar em beleza. Amanhã já não haverá muito para dizer, estes encontros regressam lá para finais de Novembro, em Roma.
P. José Agostinho Sousa
POL
Clairefontaine: Spotkanie przełożonych prowincji i dystryktów
O SPOŁECZNYCH WYZWANIACH SERCANÓW
Od 29 lutego do 4 marca, w klasztorze w Clairefontaine w Belgii obradowali wyżsi przełożeni sercanów z Europy. Dyskutowali o społecznym rysie swej działalności.Na spotkanie do Clairefontaine przybyli przełożeni Prowincji i Dystryktów niemal z całej Europy – z Niemiec, Hiszpanii, Portugalii, północnych i południowych Włoch, z prowincji Eur-Frankofońskiej, z Polski, a także odpowiedzialni za Dystrykty Austrio-Chorwacja, Mołdawia i Ukraina. Mieszkali w jednym z najstarszych domów Zgromadzenia, nabytym jeszcze przez samego o. Dehona w 1889 roku, a obecnie służącym różnym grupom rekolekcyjnym i konferencjom.
Celem spotkania była refleksja nad społecznym aspektem obecności sercanów w Europie, a także aktualnymi kwestiami związanymi z migracją i uchodźcami na naszym kontynencie.
Reprezentujący Zarząd Zgromadzenia, radny generalny ks. Artur Sanecki przedstawił w zarysie główne punkty programu Zarządu Generalnego na lata 2015-2021, w którym jest mowa m.in. o opcji na rzecz ubogich i solidarności z nimi. Podkreślił potrzebę współpracy wszystkich Prowincji i Dystryktów w tym względzie. Dyskutowano o wspólnym projekcie dla imigrantów oraz koordynacji pracy duszpasterskiej z młodzieżą i na polu misyjnym. Dokonano swego rodzaju podsumowanie dotychczasowego zaangażowania społecznego i debatowano o najważniejszych zadaniach w tym względzie na najbliższe lata.
Prawie dwudziestu uczestników zjazdu szukało odpowiedzi na aktualne wyzwania społeczne wobec zachodzących zmian na kontynencie europejskim. Proponowali też nowe inicjatywy. Każdy miał okazję do zaprezentowania dzieł społecznych prowadzonych w swojej Prowincji lub Dystrykcie.
Gościem spotkania była Agnes Rausch z Luksemburga, specjalistka w kwestiach społecznych, zajmująca się od wielu lat uchodźcami, pracująca kiedyś w Caritas i jako pielęgniarka w Kongo. W swym wystąpieniu zwróciła uwagę na niektóre przyczyny wpływające na aktualne problemy społeczne w Europie. Zaliczyła do nich m.in. osłabienie więzi społecznych i wzorca tradycyjnej rodziny, spadek dzietności, wybór samotnego życia, samobójstwa, kryzys tożsamości, przebywanie kobiet poza domem, wzrost bezrobocia, szczególnie wśród młodych ludzi, a także rosnąca liczba kobiet samotnie wychowujących dzieci. W ostatnim czasie natomiast doszedł największy problem społeczny, jakim jest masowa migracja ludności z terenów objętych wojną w Syrii, w Afganistanie, Iraku, i trudne położenie azylantów w niektórych krajach, choćby we Włoszech i Grecji.
Obecni w Clairefontaine prowincjałowie mieli okazję prezentacji dzieł społecznych prowadzonych w swojej Prowincji i Dystrykcie. Hiszpański prowincjał ks. Munilla Martínez zaznaczył, iż prowincja nie ma jakiegoś specyficznego dzieła społecznego, lecz skupia się na działalności edukacyjnej, parafialnej i misyjnej. Prowadzi też ośrodki kształcenia zawodowego i duszpasterstwo migrantów.
Z kolei w prowincji na północy Włoch pomaga się uchodźcom, a także niepełnosprawnym oraz osobom starszym. Natomiast prowincja sercanów na południu kraju zaangażowana jest w pracę z dziećmi autystycznymi i więźniami.
O tym, jak wyglądają dzieła socjalne na Mołdawii i Naddniestrzu, relacjonował ks. Piotr Kuszman. Mówił on o sytuacji skrajnego ubóstwa materialnego i duchowego wielu ludzi, którym Dystrykt stara się pomagać na różny sposób: stołówki dla dzieci, opieka medyczna, pomoc w zdobyciu wykształcenia. Podobne formy działalności na polu społecznym prowadzą sercanie na Ukrainie. Mówił o tym ks. Andrzej Sobieraj, podkreślając trudności związane z ciągłym konfliktem zbrojnym we wschodniej części kraju.
Inicjatywy społeczne w prowincji portugalskiej relacjonował ks. Agostinho José de Sousa. Sercanie w Portugalii zajmują się m.in. projektem dzieci ulicy i pomagają w zdobyciu wykształcenia młodzieży z biednych rodzin.
Z kolei polski prowincjał ks. Wiesław Święch wspomniał o istniejących dziełach socjalnych i charytatywnych w poszczególnych parafiach, pracy z chorymi w szpitalach, pomocy stypendialnej młodzieży z ubogich rodzin, organizowaniu wakacyjnego wypoczynku dla dzieci i młodych, wspieraniu różnych programów socjalnych i misyjnych. Sekretariat Misji Zagranicznych prowadzi kilka takich projektów, a pozyskane fundusze służą konkretnym dziełom, m.in.: budowa domów i przedszkola w Wiosce Miłosierdzia na Filipinach, Przychodni Zdrowia w Kongo.
W trakcie obrad wybrano nowego przewodniczącego europejskich prowincjałów. Został nim prowincjał portugalski ks. Jose Agostinho Figueiredo Sousa. Natomiast urząd sekretarza będzie pełnił ks. Claude Siebenaler, były sekretarz generalny Zgromadzenia.
Z uczestnikami zjazdu spotkali się przebywający w klasztorze w Clairefontaine nowicjusze z Wietnamu – Pierre i Antoine, którzy opowiedzieli o sytuacji Kościoła w swym kraju oraz o historii powołania do Zgromadzenia. Z Hiszpanii przybył ks. Fernando Garrapucho, członek Sercańskiej Komisji Teologicznej Europy, który przedstawił nowe projekty Komisji.
Prowincjałowie i przełożeni Dystryktów zwiedzili miasto, katedrę i Muzeum Sztuki Nowoczesnej w Luksemburgu.
Spotkanie było okazją do dokonania przeglądu aktualnych problemów społecznych w poszczególnych krajach Europy, gdzie jest obecne Zgromadzenie. Było potrzebnym forum dyskusyjnym nad stanem zaangażowania socjalnego, a także wymianą pomysłów w tej dziedzinie.
Ks. Andrzej Sawulski SCJ
ITM
1 MARZO
Dal 29 febbraio al 4 marzo 2016 si riuniscono 17 religiosi dehoniani d’Europa, fra Superiori Maggiori e delegati. Il luogo scelto è la casa di Clairfontaine (Belgio), che attualmente funge da casa di accoglienza per gruppi e incontri. Si tratta della casa più antica della Congregazione. Fu acquistata nel 1889 dallo stesso Fondatore p. Dehon.
Lo scopo dell’incontro è quello di riflettere sull’attuale dimensione sociale dehoniana in Europa, in modo che i dehoniani possano cercare di dare una risposta concreta, se possibile, almeno ad alcuni dei problemi sociali presenti nella nostra società, individuando delle scelte comuni nei diversi paesi europei in cui la Congregazione è presente.
Nella mattinata, il consigliere generale p. Artur Sanecki ha presentato il programma dell’Amministrazione Generale per il sessennio 2015-2021, a partire dalla sua genesi.
Esso, com’è noto, consta di un’introduzione, in cui si tratteggia la figura di Abramo che si lascia formare da Dio, si mette in movimento e diventa una benedizione per sé e per gli altri.
Le aree di interesse del documento sono costituite dalla formazione, dai poveri e dall’evangelizzazione. In questi tre ambiti occorre intervenire e individuare tracce di misericordia.
Per quel che concerne la formazione, occorre creare una cultura che favorisca la formazione dehoniana. Occorre anche valorizzare i sussidi che la favoriscano.
Circa i poveri, occorre accogliere la povertà come via di relazione e occorre vivere la propria povertà come strumento che aiuti a crescere nella solidarietà. Bisogna poi compiere scelte concrete per i poveri.
Circa l’evangelizzazione, occorre istituire politiche e strutture organizzative, ricercare e gestire risorse umane al livello continentale e dialogare con le diverse realtà culturali e religiose.
P. Artur ha poi illustrato il cammino che si sta intraprendendo per delineare meglio la figura e individuare i compiti del Vicario Generale che non è solo il primo dei consiglieri, ma svolge un ruolo vero e proprio di Superiore Maggiore, nei limiti assegnati dal Superiore Generale.
Nel pomeriggio, p. Artur ha illustrato il programma dell’Amministrazione Generale per l’Europa, che prevede una cooperazione fra le varie entità, l’individuazione di iniziative concrete a livello continentale e la costituzione di strutture di cooperazione fra le entità e l’amministrazione generale.
Terminata la presentazione, si è proceduto a un primo scambio di idee su 6 questioni che sono state individuate e che verranno ulteriormente approfondite nelle giornate successive:
- strutture intermedie di coordinamento;
- progetti internazionali;
- settimana di formazione permanente;
- progetti comuni per i migranti;
- luoghi per stage da condividere;
- coordinamento di pastorale giovanile e missionaria.
Al termine della giornata e prima della celebrazione eucaristica si è proceduto alla elezione del presidente dei provinciali d’Europa che è p. José Agostinho De Figueiredo Sosa e del suo segretario che è p. Claude Siebenaler.
2 MARZO
I lavori della mattinata sono iniziati alle ore 9.00 con una relazione tenuta dalla signora Agnès Rausch sulla questione sociale in Europa. Agnès Rausch (62 anni) è una grande specialista lussemburghese di questioni sociali. Per i propri meriti e le proprie competenze, ha ricoperto il ruolo di membro del Consiglio di Stato per 15 anni e ha acquisito una grande esperienza nazionale e internazionale, oltre a essere una cristiana convinta. Nubile, per vocazione è membro della CVX (Comunità di Vita Cristiana). Infermiera professionale, è stata quattro anni nella Repubblica Democratica del Congo, dove ha avuto contatti con i Sacerdoti del S. Cuore. Per 15 anni è stata anche responsabile del servizio dei rifugiati della Caritas in Lussemburgo. Attualmente, collabora con un progetto diocesano denominato «Reech enh hand – Tendi la mano» che si occupa dell’accoglienza dei rifugiati.
Trattando della questione sociale in Europa, la sig.ra Rausch ha affermato che un problema è costituito dall’indebolimento dei legami sociali a causa della velocità in cui si possono effettuare gli spostamenti. Altri problemi sono causati dalla capacità di intessere relazioni pressoché illimitate e, perciò stesso, poco profonde, dai continui spostamenti dovuti al lavoro, dalla difficoltà a mettere radici. Di contro, il paradosso è che molte persone vivono sole. I legami sociali alla base della nostra società non esistono più per moltissime persone. Questi e altri problemi sono la causa di un elevato numero di suicidi. Nel 2010 in Europa, infatti, si sono suicidate più di 61.000 persone.
Anche la famiglia tradizionale, ha continuato la sig.ra Rausch, è ormai un mero retaggio del passato. Gli Stati adattano le proprie normative in base alla pressione sociale e nuove forme di unioni sono riconosciute oramai in tutta Europa. Per la chiesa cattolica, la famiglia è sempre al centro dell’attenzione, pur nel rispetto delle scelte degli individui.
Il problema di oggi però è quello dell’infanzia. I fanciulli e i ragazzi, infatti, nelle più variegate forme familiari vivono situazioni di totale confusione. La confusione genera crisi di identità che con molta probabilità sarà causa dell’insorgere di diversi problemi nel prossimo futuro.
Il lavoro femminile è un lavoro sempre meno casalingo. Il tasso di fertilità è sempre più basso in tutti i paesi dell’unione e ciò comporta un progressivo invecchiamento della popolazione.
Anche il lavoro è una questione spinosa all’interno del continente europeo. C’è molto lavoro nero e illegale, mentre il numero di disoccupati, seppure in calo nel 2014, sfiora i 22.000.000 di individui e tocca, in particolar modo, i giovani sotto i 25 anni. Per contro, si moltiplicano le iniziative che tentano di offrire e di creare possibilità di esperienze lavorative, fondate sulla solidarietà.
Non mancano le situazioni di povertà, ha continuato la sig.ra Rausch, che riguardano soprattutto situazioni di donne sole con figli.
La presenza di più di 2.000.000 di Rom in Europa pone alle istituzioni diversi problemi per la loro spiccata ritrosia all’integrazione e all’accettazione di lavoro.
Una delle questioni senz’altro più spinose per i paesi dell’unione in questo periodo, ha continuato la sig.ra Rausch, è senza dubbio quella dell’immigrazione dovuta a motivazioni di riunificazione familiare e alle domande di richiesta d’asilo che negli ultimi tempi sono aumentate in maniera vertiginosa. È, infatti, in atto un vero e proprio esodo massiccio verso l’Europa soprattutto da parte di siriani, a causa della guerra, ma anche da parte di afgani e di altri gruppi etnici.
Nella convenzione di Ginevra, però, nata dopo la seconda guerra mondiale, non tutte le odierne ragioni di richiesta d’asilo sono contemplate.
Con l’accoglimento delle richieste d’asilo, in genere aumenta il numero dei disoccupati e non sempre chi viene espulso poi viene riaccettato nel proprio Paese di origine e solo per semplice ritorsione.
Inoltre, la convenzione di Schengen afferma che chi entra in Europa deve chiedere asilo al primo Paese in cui entra, ma è del tutto evidente che non si può lasciare il problema dei richiedenti asilo solo all’Italia o alla Grecia. Eppure, l’Europa fatica a gestire la questione tra gli Stati membri.
Questi flussi migratori, ha concluso infine la sig.ra Rausch, stanno portando in Europa molti musulmani. Con quelli aperti si riesce a lavorare per l’integrazione, ma con quelli integralisti la questione diventa un enorme problema.
Terminata la relazione e dopo la pausa, si è dato inizio alle presentazioni delle realtà sociali nelle diverse entità europee.
Il primo a parlare è il p. provinciale Martínez Munilla che ha presentato la situazione spagnola. Dopo aver proiettato un breve filmato, il padre ha affermato che la provincia spagnola non ha un’opera specificamente sociale. Essa, infatti, si caratterizza per una forte presenza nella pastorale educativa. Alcune volte, la formazione si converte in opera sociale, nel porre l’attenzione sui differenti ambiti della società locale. Oltre alla pastorale educativa, la provincia spagnola è anche impegnata nella pastorale parrocchiale. Alcune delle parrocchie sono rurali. Infine, la provincia è impegnata anche nella pastorale missionaria. Fra gli aspetti sociali più rilevanti in cui i religiosi e i collaboratori dehoniani sono impegnati troviamo la pastorale degli immigrati da diversi anni, la pastorale della salute, la caritas, i centri di formazione professionale, l’attenzione alle minoranze etniche, ecc…
A seguire, per la provincia francofona (EUF) è intervenuto il p. Bernard Massera, prete operaio, residente a Parigi in un quartiere popolare e multiculturale. Ha lavorato per diversi tempi come elettromeccanico. Il padre ha detto che nella provincia ci sono tre comunità che portano avanti il progetto sociale per una presenza dehoniana nel mondo operaio e ha concluso con il ribadire la necessità di ristabilire una commissione internazionale di Giustizia e Pace che si incarichi di analizzare, di denunciare e di leggere la realtà sociale sotto l’ottica della fede.
È stato poi il turno del p. provinciale dell’ITM Massimo Bellillo che ha sottolineato la presenza di 3 attività in provincia particolarmente significative dal punto di vista sociale e che comprendono un’opera di accoglienza per i profughi nella ex sede provinciale di Marechiaro, un’opera per i disabili, gestita dall’ANFFAS, presso l’Oasi p. Dehon di S. Antonio Abate, un centro diurno per anziani gestito dalla cooperativa “Il Girasole” presso Casa S. Maria a Pagliare. Ha annunciato, infine, la prossima apertura di una “Casa dei Mestieri” per ragazzi disabili a Napoli, in collaborazione con l’associazione “Si può dare di più”.
Nel pomeriggio è stato il turno di p. Piotr Kusman che ha illustrato la presenza dehoniana in Transnistria, stato indipendente di fatto non riconosciuto dai paesi ONU e considerato parte della Repubblica di Moldavia. Il padre, anche attraverso immagini molto forti, ha descritto la situazione di estrema povertà in cui versa la regione e ha illustrato le diverse attività che i padri svolgono lì nell’assistere persone che hanno gravi problemi morali e materiali, progetti a favore dei bambini cui viene assicurata l’istruzione (ci si prende anche cura di quelli che sembrano avere talento, in modo da assicurargli studi che le famiglie mai si potrebbero permettere) e pasti caldi. L’assistenza sanitaria è uno degli aspetti maggiormente presi in considerazione, perché la stragrande maggioranza delle persone, anche in situazione di gravi malattie, non riesce ad accedere normalmente ad alcuna cura medica.
Ha descritto la presenza dehoniana in Ucraina, poi, il p. Andrzej Sobieraj. I religiosi dehoniani lì oltre a essere impegnati nella pastorale parrocchiale, secondo le necessità della chiesa locale, a tradurre i testi della spiritualità del S. Cuore di Gesù e dehoniani e a svolgere attività di formazione del clero locale, aiutano molto le famiglie povere anche dal punto di vista sanitario e si occupano dell’assistenza ai profughi che provengono dai territori in cui continuano a esserci scontri e tensioni.
Per il portogallo, ha parlato p. José Agostinho de Figueiredo Sousa, che, dopo aver sottolineato che ogni opera dehoniana dovrebbe avere una rilevanza sociale, ha illustrato specialmente il gruppo ABC (Amici-Buoni-Consigli) nato per ispirazione di un prete italiano. Il gruppo si è occupato da subito di ragazzi di strada a cui si è data la possibilità di studiare. Ha accolto negli anni fanciulli e ragazzi con gravissime situazioni familiari alle spalle. Soffre dal punto di vista economico, ma come opera sociale rilevante della provincia si deve fare uno sforzo per portarla avanti. Ha detto poi che i dehoniani portoghesi sono impegnati in special modo nella pastorale parrocchiale e ha illustrato il collegio di Madeira che ospita 400 studenti figli di famiglie povere, cui si offre la possibilità di studiare e di ambire a lavori che richiedono una preparazione scolastica di un certo livello.
Per la Polonia, ha parlato il p. provinciale Józef Wieslaw Swiech e ha sottolineato che in provincia ci sono attività sociali di livello istituzionale che sistematicamente cercano di affrontare delle questioni sociali (malati e sofferenti, aiuto per i bambini e i ragazzi provenienti dalle famiglie povere, attività educativa, formativa e ricreativa, sostegno ai disoccupati, ecc…) e anche attività che nascono per far fronte a problemi contingenti.
Per la Germania, il p. provinciale Lau Heinz ha sottolineato che lì non vi sono attività che possono essere definite direttamente sociali. Ci sono però diverse attività che lo sono indirettamente. Molti dehoniani, infatti, sono impegnati ad esempio in ONG, per la scuola, per i portatori di handicap, per gli homeless, ecc. Si è soffermato poi a descrivere dettagliatamente le opere in cui sono impegnate le singole comunità della provincia.
Per l’ITS, il p. provinciale Oliviero Cattani si è soffermato in special modo nella descrizione di 2 attività che sono quella del Villaggio del fanciullo a Bologna e quella dell’incontro nella comunità di Genova tra una comunità anziana con una media di 71 anni e l’associazione “Emozioni Giocate” che ha portato ad aprire la stessa all’accoglienza di bambini autistici. Ha poi fatto cenno a 2 nuove possibilità. La prima è quella di un’iniziativa della diocesi di Pisa dal nome “Misericordia tua” per l’accoglienza di reclusi con pene alternative al carcere e la seconda è quella che dovrebbe dare vita a una “Fraternità accogliente”, in collaborazione con la Compagnia missionaria, nella quale vocazioni diverse condividano la quotidianità.
Ha concluso il giro di presentazioni il p. Wladyslaw Mach che ha descritto la realtà molto eterogenea dell’Austria-Croazia, sottolineando che eventuali possibilità di apostolato sociale sarebbero più facili da impiantare in Croazia piuttosto che in Austria, dove comunque è sempre necessaria una stretta collaborazione con gli organismi governativi.
Dopo la pausa, ci si è dilungati per circa un’ora a toccare diverse questioni, quali quella dell’istituzione di una commissione di Giustizia e Pace europea, quella delle grosse strutture che magari si potrebbero utilizzare per opere sociali, quella della variegata e difficile situazione dei migranti nei vari stati dell’Europa in cui la Congregazione è presente e quella della condivisione della nostra missione con i laici. Non si è pervenuti però ad alcuna decisione concreta.
3 MARZO
La giornata è iniziata con l’autopresentazione di 2 novizi provenienti dal Vietnam, Antoine e Pierre. Al termine, ha preso la parola p. André Conrath che ha ricordato la propria esperienza nel Camerun. Ha quindi auspicato una rinnovata azione evangelizzatrice rivolta al popolo. È lì, ha detto, che si incontrano i giovani, è lì che si possono trovare possibili candidati per la vita religiosa.
Poi è stata la volta di p. Fernando Rodríguez Garrapucho, che ha innanzitutto brevemente tracciato la storia della Commissione Teologica Continentale Europea. Già il Capitolo del 1979 aveva chiesto la creazione di una commissione che si occupasse dell’evoluzione teologica della Congregazione. Il Capitolo del 1985 aveva parlato della necessità di creare una Commissione di Spiritualità, progetto che si è concretizzato nel 1989 con la creazione della commissione di Spiritualità e Pastorale. In seguito, la commissione venne sospesa. Il Capitolo Generale del 2003 decise la separazione tra la Commissione Teologica e il Centro Studi. Il Centro Studi si sarebbe occupato degli scritti di p. Dehon, mentre la Commissione Teologica si sarebbe dovuta occupare dell’approfondimento teologico degli stessi scritti, che portarono al Seminario teologico di Alfragide dal titolo Theologia Cordis.
Nel marzo del 2010 fu suggerita una ristrutturazione della Commissione in un incontro tra i rappresentanti dell’Amministrazione Generale e alcuni teologi invitati. Si auspicò altresì la creazione di un comitato di tre membri che orientassero la riflessione teologica in tutti i continenti.
Allo stesso tempo, si sarebbero dovute creare delle commissioni teologiche continentali, ma questo non avvenne, per la mancanza di possibilità in alcuni continenti. Di fatto, i continenti maggiormente strutturati da questo punto di vista sembravano essere l’Europa e l’America latina e perciò si decise di nominare una commissione di cinque membri da questi due continenti.
Questa commissione insistette sulla necessità di creare commissioni continentali, cosa ribadita dai nuovi responsabili del Centro Studi di Roma. Intanto, il lavoro delle commissioni dell’Europa e dell’America Latina portò alla realizzazione di un altro seminario a Taubaté in Brasile sulla Anthropologia Cordis, in cui si rinnovò anche la necessità di dare vita alle Commissioni Continentali. Oggi sembra che la Commissione Teologica dell’Africa inizi timidamente a muovere i suoi primi passi, mentre più complicata appare la questione in Asia.
Terminata la parte storica, il p. Garrapucho ha illustrato il nuovo Statuto della Commissione Teologica Continentale Europea che è stato appena approvato.
Ha quindi posto alcune questioni all’assemblea che sono state discusse dopo la pausa e su cui sono state prese delle decisioni.
Circa il numero di incontri che la Commissione Teologica Continentale Europea deve tenere durante l’anno, si decide che essa si incontri almeno una volta e che si utilizzino, per facilitare gli scambi, strumenti quali Skype per video conferenze a distanza.
Per le spese che la Commissione Teologica deve sostenere, si decide che alcune delle entità che possono farlo se li dividano per intero.
Si chiede poi alla Commissione Teologica di organizzare per la fine di luglio del 2017 una settimana di Formazione Permanente possibilmente in uno dei luoghi dehoniani e in tre lingue: inglese, francese e italiano, se sono disponibili dei confratelli per le traduzioni simultanee. Si auspica che la Commissione stessa possa organizzare un viaggio in Terra Santa per il 2018.
Terminate le discussioni sulle questioni poste da p. Garrapucho, si è deciso come Superiori Maggiori di organizzare un solo incontro all’anno con uno o più delegati, con la possibilità, a seconda delle necessità di un secondo incontro. La presenza dei delegati è anche un modo per ampliare la conoscenza dei confratelli.
Ci si è soffermati poi a discutere della eventualità dell’istituzione di una commissione di Giustizia e Pace europea. Qui le idee sono apparse più variegate, ma occorrerebbe pensare a un gruppo che prenda sul serio le questioni riguardanti la giustizia e la pace, sia a livello di studio e di denuncia-testimonianza, sia a livello pratico. Si potrebbe mettere in cantiere l’ipotesi di un gruppo che lavori sul tema sociale e coordini il volontariato e i gruppi missionari.
Infine, si è tornati sulla questione della migrazione. Nell’incontro, il tema è stato preso in considerazione. Nella nostra realtà europea, però, le risposte al problema sono diverse. Nelle nostre entità c’è comunque attenzione al tema e si è disposti a lavorare insieme alle istituzioni civili e alle chiese locali. Ci si può, però, impegnare anche con un gruppo o una commissione che individui orientamenti comuni per tutte le entità.
Prima di terminare, si è fatto cenno pure a delle ipotesi di stage sociali nelle varie entità e di collaborazioni nella Formazione Iniziale.
Nel pomeriggio, il gruppo si è recato in visita al museo di arte moderna, alla cattedrale e alla città del Lussemburgo.