Um confronto, em chave ecumênica e de compromisso das Igrejas pela justiça social, entre a Fratelli tutti, de Francisco, e Pela vida do mundo. Por um etos social da Igreja Ortodoxa, assinado pelo patriarca Bartolomeu, em 2020.
Consideramos a leitura desses documentos, “a partir de baixo”, justamente como quem lê Fratelli tutti (daqui por diante FT), de Papa Francisco, e de Pela vida do mundo. Em vista de um etos social da Igreja Ortodoxa (daqui por diante PVM), assinada pelo Patriarca Ecumênico Bartolomeu, enquanto olha para seus vizinhos de casa dizendo: “O que leio é verdade, ainda que não nos conheçamos”.
Trata-se de um aprofundamento para encontrar um olhar convergente, no intuito de ver o mundo com a mesma perspectiva do “vizinho de casa” que, no entanto, pertence a uma denominação cristã diferente.
Estrutura e método
As assinaturas ao pé da página dos dois documentos em questão levam a imaginar duas diferentes equipes de colaboradores. PVM foi publicada no dia 27 de março de 2020, com assinatura do Patriarca Ecumênico Bartolomeu, em 18 de janeiro, e representa um fruto maduro de uma reflexão a pedido do Concílio de Creta, do ano de 2016. Foi elaborada por teólogos do Patriarcado de Constantinopla e publicada nos Estados Unidos [1].
A analogia com a Gaudium et Spes do Concílio Vaticano II é flagrante pela similar sede sinodal de origem [2], mas pela atualidade é preferível aproximar PVM a FT.
A estrutura do documento cadencia os vários âmbitos sociais em que a Igreja, a partir da Eucaristia, oferece uma luz para que o homem contemporâneo se oriente na escuridão do nosso tempo. Depois da Introdução que coloca o leitor na perspectiva eucarística, elencam-se os seguintes capítulos: A Igreja na esfera pública; O curso da vida humana; Pobreza, riqueza e justiça civil; Guerra, paz e violência; Relações ecumênicas e outras formas de fé; Ortodoxia e direitos humanos; Ciência, tecnologia, mundo natural; Conclusão. Pode-se notar um amplo olhar sobre aqueles espaços da vida humana que mais interpelam o homem do século XXI como, por exemplo, o papel da Igreja na sociedade; a tensão entre guerra e paz; a dimensão digital em que todos nos movemos, nos tempos atuais; o relacionamento com as outras religiões; os direitos humanos e a bioética. Desse elenco podemos deduzir a tentativa de indicar um etos cristão que testemunhe o Evangelho em relação às situações humanas, com honestidade e efetividade [3]. Transparece a teologia antropológica trinitária de um dos teólogos desta equipe: Kallistos Ware, que escreveu: “A pessoa é social ou não é. O ser humano autêntico não é egocêntrico, mas excêntrico. Sou verdadeiramente humano, verdadeiramente pessoal, somente se me relaciono com os outros, à imagem da Santíssima Trindade” [4]. A cada capítulo se adicionam os subtítulos, com sobriedade, quase a sugerir, cada vez, uma aproximação específica ao tema eucarístico. Aparentemente, essas frases parecem estar fora do lugar, mas a sequência de citações tiradas da liturgia bizantina de São Basílio [5], reforça a perspectiva eucarística: É tempo de servir ao Senhor; Confiamos toda a nossa vida a Cristo Deus; Santifica nossas almas e nossos corpos, e concede-nos de servir-te em santidade, todos os dias de nossa vida; Recorda-te, Senhor, daqueles que se recordam dos pobres; Pela paz do mundo inteiro… Oramos pela união de todos; Criaste-nos à tua imagem e semelhança; O que é teu, de ti, a ti oferecemos; Exultamos, ao possuir este tanto de esperança.
A conclusão afirma que “O etos social da Igreja se realiza não só mediante a atuação de prescrições éticas, mas também, e mais plenamente, na espera litúrgica do Reino de Deus” (PVM 80) e é evidente o reenvio à liturgia como primeira “escola” de ética cristã [6], lugar onde se adquire um estilo de vida comunional com todo o gênero humano e, antes de tudo, com o próximo, o qual muitas vezes é irmão ou irmã pelo batismo.
Além da liturgia faz-se ampla referência às fontes bíblicas e patrísticas; parece dizer que o essencial para a ética cristã já é afirmado na época apostólica, como se pode ver nos Atos dos Apóstolos. PVM parece incrustar a comunidade apostólica no mundo de hoje, colocando diante de seus olhos as questões hodiernas para receber orientação segura. Há indicações claras: o texto não deixa de admitir alguns erros do passado, promover novos passos, acusar os culpados e abrir novos horizontes. O método dedutivo não deixa espaço para dúvidas. A estrutura e a abordagem parecem típicas de uma igreja em diálogo com o mundo, incluindo as outras igrejas cristãs. Isso, porque a inevitável referência não é apenas ao amplo ensino social da Igreja Católica, que data da Rerum novarum de Leão XIII (1891), e às significativas elaborações das Igrejas protestantes, a partir do primeiro pós-guerra e, em particular com a obra do Conselho Mundial de Igrejas dos anos de 1970 e depois, mas também ao primeiro texto sistemático de doutrina social ortodoxa, produzido pela Igreja russa, em 2001, e reelaborado no decênio seguinte [7].
Deslizando o índice da FT é possível notar temas semelhantes aos de PVM, mesmo que a perspectiva seja diferente: As sombras de um mundo fechado; Um estranho na estrada; Pensar e gerar um mundo aberto; Um coração aberto ao mundo inteiro; A política melhor; Diálogo e amizade social; Percursos de um novo encontro; As religiões a serviço da fraternidade no mundo.
Por vários motivos, há uma perspectiva diferente em FT. O primeiro motivo deve-se à equipe que trabalhou na elaboração que, na verdade, esteve a cargo da Igreja Católica, com a contribuição de várias Conferências Episcopais do mundo [8]. O segundo é de caráter temporal: os meses transcorridos entre a publicação de PVM (27 de março de 2020) e a FT (03 de outubro de 2020) foram caracterizados pela difusão da Covid-19 e cada pessoa deu-se conta da relevância que tinham os seus vizinhos, o próximo que pede e oferece ajuda. O terceiro motivo deve ser procurado nos precedentes pronunciamentos do Papa Francisco, Evangelii Gaudium (2013) e Laudato Si’ (2015), com os quais a FT constitui uma trilogia baseada na fraternidade, sobretudo em profunda sintonia com a encíclica sobre o cuidado com a criação, em que é citado entre os primeiros o Patriarca Ecumênico Bartolomeu, pela sua audaz promoção da custódia do planeta. O método de Papa Francisco e de sua equipe de trabalho parece recolher a voz dos homens e das mulheres de todas as partes da terra, através de suas visitas ou pelas mensagens dos bispos locais, para relê-la à luz da Palavra e restituí-la ao mundo inteiro feita mensagem de um novo mundo possível. Dos títulos acima referidos pode-se perceber os tons abertos à nova possibilidade, como vislumbres de esperança, a partir do ícone bíblico da parábola do “Bom Samaritano”. O diagnóstico da situação inicial e os referimentos sociais denotam preferência pelo método indutivo, em que se oferece a qualquer leitor uma chave interpretativa da realidade, o que está bem representado pela parábola de Lucas 10,25-37. Esta passagem é a descrição narrativa do amor de Cristo, que se torna o modelo de fraternidade universal e amizade social (cf. FT 94).
No texto de PVM a Igreja olha para o mundo na perspectiva do Reino: “Ela habita esta vida no limiar entre a terra e o céu e testemunha, de geração em geração, sobre as coisas ainda não vistas. Ela mora entre as nações, como sinal e imagem da paz permanente e perpétua do Reino de Deus e como promessa da perfeita recuperação da humanidade e da restauração de uma ordem criada, rompida pelo pecado e pela morte” (PVM 80). As páginas de FT, no entanto, retratam os cristãos como chamados a ser irmãos universais, à maneira de Charles de Foucauld, de quem se escreve:
“O seu ideal duma entrega total a Deus encaminhou-o para uma identificação com os últimos, os mais abandonados no interior do deserto africano. Naquele contexto, afloravam os seus desejos de sentir todo o ser humano como um irmão, e pedia a um amigo: ‘Peça a Deus que eu seja realmente o irmão de todos’. Enfim, queria ser ‘o irmão universal’. Mas somente identificando-se com os últimos é que chegou a ser irmão de todos” (FT 287).
As duas perspectivas são irreconciliáveis? Um olhar atento mostra que os dois pontos de vista não são inconciliáveis; ao contrário, são convergentes. Assemelham-se a dois vizinhos de casa que olham na mesma direção. O exemplo dos vizinhos de casa leva a localizar onde os olhares dos dois textos se encontram e alcançam a humanidade de hoje.
Objetivos e destinatários
Ambos os documentos que ora confrontamos atualizam a consciência dos cristãos sobre a identidade da Igreja no mundo e o seu compromisso social, como promotora de um desenvolvimento humano integral. Reitera-se que ela, unida a Cristo, já tem por sua natureza, objetivos e destinatários: seguir Cristo no anúncio do Reino de Deus [9] e corresponder ao mandato missionário – “Ide, portanto, e ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 29,19). Um dos objetivos comuns dos dois documentos é o de melhorar a condição do mundo, entendido como o ambiente e o povo que o habitam. Papa Francisco, por exemplo, reafirma a fonte e as pistas sobre as quais o compromisso social deveria concretizar-se: Todos os compromissos que derivam da doutrina social da Igreja “são ligados à caridade que, segundo o ensinamento de Jesus, é a síntese de toda a Lei (cf. Mt 22,36-40)”. Isso exige reconhecer que “o amor, pleno de pequenos gestos de cuidado recíproco, é também civil e político, e se manifesta em todas as ações que procuram construir um mundo melhor”. Por essa razão, o amor se expressa, não só em relações íntimas e próximas, mas também nas “macrorrelações: sociais, econômicas e políticas” (FT 181).
O Patriarca Ecumênico Bartolomeu deseja que os cristãos sejam parte viva e corajosa da sociedade civil, promotores de justiça e de misericórdia para todos.
Os cristãos podem, e muitas vezes devem, participar da vida política das sociedades em que vivem, mas devem fazê-lo sempre a serviço da justiça e da misericórdia do Reino de Deus. Tal era a obrigação desde o começo do cristianismo: “Foi-nos ensinado a respeitar os poderes e as autoridades colocadas por Deus, porquanto não comprometa nosso testemunho”. Às vezes, isso pode implicar uma participação mediante uma não perfeita obediência, mas dando grande espaço à desobediência civil e, até mesmo, à rebelião. Somente o Reino de Deus é a primeira e última lealdade do cristão e todas as outras alianças são, no máximo, provisórias, transitórias, parciais e acidentais (cf. PVM 9).
Esses dois irmãos em Cristo, cheios de recíproca estima, que participaram da oração pela Paz, em Roma, no dia 20 de outubro de 2020 [10], representam uma ponte, não de pedras, mas de pessoas para, com seu testemunho, dar esperança ao mundo. Desta perspectiva se veem numerosos convites à conversão pessoal e comunitária, a fim de que o Evangelho de Cristo seja anunciado a todos. PVM dirige-se aos cristãos, sobretudo ortodoxos, com o claro convite de anunciar com a vida a própria fé; já FT foi escrita como mensagem destinada a quem tenha a coragem de sonhar um mundo melhor: “Sonhemos como uma única humanidade, como caminhantes da mesma carne humana, como filhos desta mesma terra que nos alberga a todos, cada qual com a riqueza da sua fé ou das suas convicções, cada qual com a própria voz, mas todos irmãos” (FT 8).
Entrelaçamentos ecumênicos
Os olhares dos irmãos em Cristo, voltados para o mundo, a partir da própria tradição eclesial, encontram sempre mais pontos de encontro e os seus pontos de vista parecem mais próximos do que se imaginava. A propósito, tanto a PVM quanto a FT dedicam amplo espaço ao ecumenismo e o fazem olhando, sobretudo, na mesma direção, isto é, para o mundo atual, e com os mesmos óculos, aqueles do Evangelho de Cristo e da Tradição cristã, desde os Padres até hoje.
Papa Francisco exprime o apelo para os fiéis de todas as religiões, com a ideia de um único Pai, e diz:
“A partir da nossa experiência de fé e da sabedoria acumulada ao longo dos séculos, aprendendo também das nossas fraquezas e quedas, como crentes das diversas religiões, sabemos que tornar Deus presente é um bem para as nossas sociedades. Buscar a Deus com coração sincero, contanto que não o ofusquemos com os nossos interesses ideológicos ou instrumentais, nos ajuda a reconhecermo-nos companheiros de estrada, verdadeiramente irmãos” (FT 274). Ele se junta aos numerosos companheiros de estrada que cada qual de nós pode encontrar no mundo plural que vivemos, formado de pessoas provenientes de culturas e religiões diferentes. Diz que alguns deles “bebem em outras fontes” (FT 277), enquanto para os cristãos, a única fonte da fraternidade universal e da amizade social é o Evangelho. Parece pedir um esforço comum a todos, embora demonstrando de onde venha a vocação dos cristãos ao compromisso social e serve-se de uma imagem musical muito eficaz: como cristãos, não podemos esconder que “se a música do Evangelho deixa de repercutir em nossas entranhas, teremos perdido a alegria que jorra da compaixão, a ternura que nasce da confiança, a capacidade de reconciliação que encontra a sua fonte no saber-nos perdoados-enviados. Se a música do Evangelho deixa de soar em nossas casas, em nossas praças, nos locais de trabalho, na política e na economia, teremos extinguido a melodia que nos desafiava a lutar pela dignidade de cada homem e mulher. Outros bebem de outras fontes. Para nós, este manancial de dignidade humana e fraternidade está no Evangelho de Jesus Cristo” (FT 277).
Em ótica semelhante, também PVM expressa a paternidade universal de Deus, em relação a todos os que vivem nessa terra (cf. PVM 55) e, por este motivo, demonstra-se que os cristãos ortodoxos estão abertos ao diálogo com as outras religiões e denominações cristãs, porque nisso exprime-se o mistério da encarnação.
A Igreja deve dedicar-se em sustentar o diálogo com os outros cristãos. Na compreensão ortodoxa, o diálogo é essencialmente e antes de tudo um reflexo do diálogo entre Deus e a humanidade: foi iniciado por Deus e conduzido através do Lógos divino (diá-lógos), nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Permeando toda a vida humana, o diálogo acontece em todos os nossos encontros pessoais, sociais ou políticos e deve sempre ser estendido àqueles que aderem à religiões distintas da nossa. Em todos os nossos laços e relacionamentos, a Palavra de Deus está misticamente presente guiando sempre nossas trocas de palavras e ideias, mediante uma união espiritual de corações, nEle (cf. PVM 54). A essência do diálogo torna-se anúncio da fé em Cristo, o Verbo feito carne. De ambas as partes pode-se ver, mais vezes, o motivo teológico da encarnação e isso está na base da nossa fé comum, resumida nas palavras do Credo Niceno-Constantinopolitano: σαρκωθέντα ἐκ πνεύματος ἁγίου καὶ Μαρίας τῆς παρθένου καὶ ἐνανθρωπήσαντα (por obra do Espírito Santo, encarnou-se no seio da Virgem Maria e se fez homem).
Num mundo dividido, a atitude de diálogo é profética e nós cristãos somos encorajados por esses homens de Deus, Francisco e Bartolomeu, a melhorar a vida de todos, a partir do lugar que habitamos, a partir “de baixo”, do relacionamento de amor fraterno. O contexto teológico da encarnação aproxima-nos, “os vizinhos de casa”, um do outro, a relações de abaixamento (kenótico) de amor recíproco em que se confirmam as palavras de Kallistos Ware: “amar-nos uns aos outros” significa “disponibilizar a nossa vida um pelo outro” [11].
Conclusão
Em conclusão, olhar na mesma direção e a partir da mesma perspectiva é uma tarefa possível, não fácil, mas necessária, para que o testemunho cristão seja feito de pontos de vista próximos e proféticos para o mundo. Todos hão de ver que a esperança cresce, dia a dia, quando nos aproximamos. Foi-nos mostrado o quanto estamos próximos, embora com algumas diferenças e inconsistências. A estrutura e o método de cada um desses documentos foram expostos e compreendemos quanto sejam atuais, pela coragem de abordar os temas que, frequentemente, são ocasião de debates. Os objetivos e os destinatários espelham a mensagem do mandato missionário evangélico do qual, tanto Francisco quanto Bartolomeu, se fazem promotores. Na amplidão desses documentos cruzaram-se entrelaçamentos ecumênicos que abrem novas perspectivas ao diálogo, entre Roma e Constantinopla. Sobretudo, porém, podem promover iniciativas e projetos de católicos e ortodoxos juntos, em favor do mundo contemporâneo. Desejamos, enfim, que essas respeitadas mensagens consigam atingir aqueles que, a partir da base da vida quotidiana e fraterna, num contexto plural, sabem reconhecer-se próximos a quem quer que seja filho ou filha do único Pai e habitante do único mundo. Sob esta ótica, o pluralismo não amedronta mais e vem habitado pela profecia da unidade na Trindade.
Como escreveu Papa João Paulo II, no limiar do novo milênio, em relação à grande responsabilidade dos cristãos de gerar um futuro melhor, a partir da unidade reencontrada, “depois de séculos de ásperas polêmicas, as outras Igrejas e Comunidades eclesiais perscrutam, sempre mais, com novo olhar tal ministério de unidade” (Ut Unum Sint 89). Os olhares dos batizados renovam-se no mistério de Cristo e da Igreja para convergir e se encontrar sempre mais estreitamente.
Notas:
[1] Cf. http://www.settimananews.it/ecumenismo-dialogo/insegnamento-sociale-ortodosso/
[2] Cf. http://www.settimananews.it/ecumenismo-dialogo/bisanzio-new-york-un-improbabile-trasferimento/
[4] K. WARE, La rivelazione della persona. Dall’individuo alla comunione, Lipa, Roma 2017, p. 38.
[5] Cf. La divina liturgia di S. Basilio il grande.
[6] Cf. “La liturgia pertanto è formativa anche perché ci offre una voce profetica di giudizio sulla qualità della nostra vita cristiana” in R. TAFT, Liturgia. Modello e icona di vita, Lipa, Roma 2012, p. 41.
[7] http://www.settimananews.it/ecumenismo-dialogo/insegnamento-sociale-ortodosso/
[8] Si nota dalle citazioni e note a piè di pagina di FT.
[9] Cf. D. BARTHELEMY, Il povero scelto come Signore, Qiqajon, Magnano 2010, pp.18-19.
[10] Cf. Preghiera per la pace Nessuno si salva da solo. Pace e fraternità, Roma 20 ottobre 2020.
[11] K. WARE, La rivelazione della persona. Dall’individuo alla comunione, Lipa, Roma 2017, p. 43.
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