Meditação de P. Dehon sobre o mistério do Natal do primeiro volume de Coroas de Amor.
O Espírito Santo, depois do baptismo de Nosso Senhor, desce sobre Ele em forma de pomba e o Pai eterno faz escutar estas palavras: «Eis o meu Filho bem amado no qual pus as minhas complacências». Se nós queremos santificar o nosso ministério, não basta que tenhamos a consciência pura, é preciso que o Espírito Santo desça a nós, é preciso que o Espírito do Coração de Jesus se torne o nosso. «Induimini Dominum Jesum-Christum (Rom). Revesti-vos de Jesus Cristo», isto é, reproduzi a sua vida, as suas intenções, o seu zelo.
O espírito apostólico é um espírito de zelo unido a uma grande doçura e a uma humildade profunda. A pomba é o símbolo destas virtudes. Se este espírito nos anima, havemos de reproduzir em nós a vida dos grandes apóstolos dos tempos passados, dos Paulos, dos Domingos, dos Franciscos Xavier, etc. O verdadeiro apóstolo deve ser como S. Paulo: «Já não sou eu que vivo, é Jesus, é o Coração de Jesus que vive em mim».
L. Dehon, Coroas de Amor – Incarnação, 46