“Cada dehoniano é missionário onde quer que esteja”
O décimo sexto dia do capítulo foi dedicado ao tema da missão. Foi proposta a criação de um plano missionário internacional e da Comissão de Justiça e Paz.
Com a graça de Deus, entramos na última semana do XXV Capítulo Geral. O décimo sexto dia começou com a Santa Missa celebrada em português. O celebrante principal foi o P. João Nélio Simões Pereira, superior provincial de Portugal. Na sala capitular, P. Nélio fez uma breve homilia sobre a liturgia de hoje. Lembrou que no alto da montanha Jesus ensina a multidão; descendo dela, ele cura e faz milagres. Por meio de palavras e obras, Jesus chamou a atenção das pessoas ao ponto de quererem torná-lo rei. Contudo, Jesus não permitiu que a fama o distraísse de cumprir a vontade do Pai. Do outro lado do mar, ele revela a sua própria condição de pobreza e a expectativa de radicalidade de quem o segue. Ao mestre da Lei que queria segui-lo, disse: “O Filho do homem não tem onde descansar a cabeça”. No mesmo sentido, o discípulo deve ter disposição livre para se abandonar: “Aquele que põe a mão no arado não deve olhar para trás”. Seguir Jesus é exigente e reconhecemos as nossas falhas em abraçar a radicalidade. Somos chamados à conversão constante, ao retorno ao Evangelho. Como Jesus diz: “O discípulo não é maior que o mestre”. Na nossa missão dehoniana somos chamados a deixar seguranças e confortos para caminhar com ele rumo ao desconhecido. Como afirma o Livro de Amós, Deus está com os pequenos e não apoia a opressão dos pobres. Servindo-os é como viveremos o nosso carisma de união com Cristo.
Após a meditação, os participantes do capítulo reuniram-se em grupos linguísticos para trabalhar o tema da Missão. À tarde, os grupos partilharam a sua reflexão na assembleia. As principais questões identificadas foram a falta de disponibilidade para a missão, um ativismo que conduz ao esgotamento de alguns confrades, a falta de diretrizes comuns para a missão e a internacionalidade. Ideias tais como um Plano Missionário Internacional para ajudar as entidades a estabelecer parcerias, a formação inicial e permanente para a missão e a internacionalidade, etc. foram apresentadas como possíveis ações para enfrentar essas questões. O Capítulo também sente a necessidade de reavivar a Comissão de Justiça e Paz, para responder aos desafios urgentes do mundo de hoje, como a migração, o tráfico de pessoas, as mudanças climáticas, a ameaça de armas nucleares, e um desenvolvimento humano integral em harmonia com toda a criação.
Compreendemos que a missão dehoniana é ampla e abrange todas as realidades de fragmentação. Cada dehoniano é missionário onde quer que esteja. Além disso, a missão não é apenas o que fazemos, mas é a expressão concreta do nosso carisma de oblação ao serviço da reparação. Como discípulos do P. Dehon, somos chamados a ter um coração missionário com o desejo de oferecer os nossos talentos para enriquecer os outros e de servir especialmente os pobres, esquecidos e marginalizados.
Encerrando o dia, votamos algumas decisões e recomendações sobre o tema da Identidade Dehoniana discutido na semana passada. Estes ajudarão o Governo Geral a deselvolver um programa para os próximos seis anos nos ajudando a aprofundar o nosso sentido de pertença à Congregação.