Novas missões na Europa, formação, locais de fundação da Congregação, foram os temas centrais da reunião de hoje. Esta tarde, o P. Enzo Brena foi eleito como novo presidente dos Superiores Maiores da Europa e o P. Radosław Warenda como secretário.
Estamos prontos para iniciar, juntos, algo de novo? Esta foi a questão crucial que ressoou durante a assembleia de hoje. Foi um dia intenso, cheio de informação, de ideias, de novas perspectivas, que podem correr o risco de permanecer no papel se não dermos passos em frente.
Missão Dehoniana da Europa
O Superior Geral abriu a sessão com o tema da Missão Dehoniana da Europa, apresentando a nova missão na Holanda e a possibilidade de uma nova presença na Noruega. Provocou a assembleia dos superiores maiores a repensar os locais de formação no Continente e a envolver as respectivas entidades em alguns projectos sobre Laudato sii, propostos pelo Vaticano e pelas associações eclesiais. Estas são questões que – na nossa opinião – precisavam de mais tempo para uma reflexão adequada.
Dentro das necessidades da Europa
Ser dehonianos na Europa, significa, antes de mais, não colocar as próprias necessidades no centro, mas as necessidades da Igreja e da sociedade Europeia. Isto implica o compromisso de estar no meio do povo, de ser promotores e servidores da fraternidade, como uma característica da nossa vida consagrada. A um nível mais interno, as entidades europeias deveriam rever a sua formação e estruturas administrativas, procurando uma maior coordenação, a exemplo as outras entidades continentais da Congregação.
A “Terra Santa Dehoniana”
A discussão da manhã centrou-se nos locais de fundação da Congregação, a chamada “Terra Santa Dehoniana”. O Padre Joseph Famerée, Superior Provincial da Europa Francófona, apresentou a missão pastoral dos locais dehonianos (La Capelle, Bruxelles, São Quintino). Todos os lugares têm uma missão pastoral, muito apreciada pelo povo e pelos bispos. Em São Quintino, pela primeira vez na história dehoniana recente, um dehoniano vai colaborar no Colégio de S. Jean, fundado pelo Padre Dehon.
O Superior Provincial da Europa Francófona informou também à audiência dos Superiores Maiores de que este mês começarão os trabalhos de renovação da Igreja de São Martinho em São Quintino, e que o processo burocrático para a transferência dos restos mortais do P. André Prévot para esta igreja já foi iniciado.
Foi do parecer da assembleia que estes locais são importantes para a Congregação “não simplesmente como museus, mas como lugares vivos de acolhimento, de compromisso pastoral e formação, cujo cuidado é tarefa não só da França nem mesmo da Europa, mas de toda a Congregação.
Formação na Europa
Na Congregação existem hoje 18 centros de formação inicial. Um número muito elevado, mas justificado pelo número de candidatos à vida religiosa em algumas realidades continentais. Não é o caso da Europa. No nosso Continente, a tentativa de criar um escolasticado para candidatos europeus, não tem feito caminho, porque há poucos candidatos. Além disso, sabemos que a formação inicial não consiste apenas no estudo teológico, mas também na formação complementar e no acompanhamento que è dado aos candidatos, para que estes façam uma boa experiência de vida religiosa, de preferência na sua própria entidade.
Surgiram perspectivas interessantes tais como: promover-se a formação especializada ou mestrados na Europa, mediante a oferta de bolsas de estudo; também se poderia promover cursos de formação permanente para os religiosos e para a Família Dehoniana.
A Conferência Continental Europeia
Como dar consistência a estas ideias? Mesmo que não houvesse uma resposta clara, a sensação é que os Superiores Maiores da Europa querem fazer algo em conjunto. Foi por isso que foi decidido planear uma Conferência Continental Europeia todos os anos, para dar substância ao caminho comum. Hoje foi também o dia da eleição dos novos coordenadores do grupo dos Superiores Maiores da Europa. O P. Enzo Brena da província ITS foi eleito presidente do grupo, e o P. Radosław Warenda da província POL, o novo secretário. A eles é confiada a tarefa de manter vivo o espírito de fraternidade e de diálogo, em direcção a novos horizontes.