A Família Dehoniana em Portugal realizou a sua Peregrinação anual a Fátima. A celebração dos 75 anos de presença Dehoniana em Portugal serviu de motivo forte para o retomar de uma velha tradição que a pandemia teimara em interromper. Com Maria, nossa Mãe, caminhamos mais seguros e sentimo-nos mais “Família” reunida em torno do carisma que o Padre Dehon deixou à Igreja.
A Peregrinação Dehoniana a Fátima é já uma longa tradição da Província Portuguesa, cujos primeiros e tímidos passos foram dados em 1978, aquando da celebração do Centenário da Congregação. Ao longo dos anos a iniciativa consolidou-se, ganhou dinamismo e tornou-se uma referência da nossa presença em Portugal. É a Peregrinação anual da Família Dehoniana que acontece invariavelmente no primeiro domingo de Junho. A pandemia obrigou a fazer uma pausa na iniciativa e este ano foi possível retomar. Ainda com muitos receios, indecisões e cuidados, decidimos ir a Fátima. E valeu a pena! Já tínhamos saudades de estar juntos com Maria!
Para além dos motivos que cada um levava no seu coração, este ano tínhamos um objectivo comum: agradecer a Deus, por Maria, os 75 anos de presença Dehoniana em Portugal. Para isso, escolhemos como lema: “Um coração para amar” porque foi precisamente isso que motivou a vinda dos confrades italianos fundadores da Província (P. Canova e P. Colombo) e é com um coração semelhante ao de Jesus que queremos continuar a amar, como fez o Padre Leão Dehon.
Mais de oitocentos participantes provindos de todas as regiões do país e dos países de missão marcaram presença aos pés de Maria, na Diocese de Leiria-Fátima que tem por pastor o nosso confrade D. José Ornelas, que, devido aos seus compromissos não pôde estar presente. A Peregrinação começou no Sábado, quando alguns grupos já se concentraram em Fátima para realizar a Via-Sacra nos Valinhos e participar na oração do Rosário e procissão de velas, à noite. No Domingo, logo pela manhã, a multidão afluiu ao recinto do Santuário, juntado-se a muitos outros peregrinos. A recitação do Rosário e a Missa campal constituíram o momento alto da Peregrinação. Após o almoço todos rumaram ao espaçoso Auditório Paulo VI para a sessão recreativa. Não encheu como enchia antes da pandemia, mas transbordou de alegria, de emoção, de memórias destes 75 anos, de cânticos que fazem parte do nosso património histórico, de testemunhos que aquecem a alma, de oração e de imensa gratidão para com todos aqueles que desde a primeira hora ajudaram, das mais diversas formas, a Província a tornar-se uma árvore frondosa que espalhou as suas raízes pelo país inteiro e por vários países de Missão.
Neste Domingo de Pentecostes éramos uma expressão viva desta acção do Espírito no Padre Dehon e que hoje se expressa numa diversidade de dons e carismas para a Igreja, congregados na Família Dehoniana: religiosos Dehonianos, grupos missionários, grupos das comunidades paroquiais ao cuidado dos Dehonianos, consagradas da Companhia Missionária, consagradas e amigos das Missionárias do Amor Misericordioso do Coração de Jesus, membros da Associação de Leigos Voluntários Dehonianos, Juventude Dehoniana, antigos alunos do Seminário Missionário Padre Dehon, antigos confrades, “Famílias Dehon”, familiares, amigos, benfeitores… Que diversidade e que riqueza!
Outra expressão deste Pentecostes que renova e traz juventude à Igreja, foi o anúncio oficial da Jornada Mundial da Juventude feito em cinco línguas. E foi também o convite, para que os jovens Dehonianos de todo o mundo, em 2023, venham até nós para celebrar a fé.
Terminámos a nossa Peregrinação novamente aos pés de Maria, no recinto do santuário, com a adoração e a procissão eucarística.
Já com o sol a cair no horizonte regressámos aos nossos pontos de partida. No próximo ano, se Deus quiser, lá estaremos porque não conseguimos estar muito tempo sem visitar a nossa Mãe no lugar onde Ela nos visitou.