No mesmo barco da Igreja com a Família Dehoniana

O tema do dia foi a formação dehoniana. O espaço foi dedicado à família dehoniana e à apresentação das duas novas missões da Congregação na Holanda e na Noruega.

por  Willyans Prado Rapozo, SCJ

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O décimo sétimo dia do XXV Capítulo Geral começou com a Santa Missa celebrada em inglês. O celebrante principal foi o P. Andreas Suparman, superior provincial da Indonésia. Na sala capitular, P. Andreas compartilhou sua reflexão sobre a Palavra de Deus. No Evangelho de hoje, o barco dos discípulos se debatia no mar tempestuoso. O barco é um símbolo da Igreja; embora possamos enfrentar perigos e dificuldades, Cristo está sempre conosco, e se ele estiver no barco estaremos seguros. Se ele aparenta estar dormindo, devemos clamar e pedir a sua ajuda: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo”. Nos momentos difíceis, P. Dehon confiou tudo nas mãos de Deus, esperando na sua providência infalível. Gritar por ajuda é uma forma de oração; devemos lembrar o que o Papa Francisco nos disse: “Sem oração nada pode ser realizado”.

Após a meditação, a Sra. Mariolina Lambo, consagrada dehoniana de Bolonha, apresentou um relatório sobre a Família Dehoniana, preparado em espírito de sinodalidade. As atividades da Família Dehoniana foram inspiradas na carta programática do Superior General “O seu caminho é o nosso caminho” e nas orientações dadas pelo Papa Francisco que pede uma “Igreja em saída”. Guiados pelo Espírito Santo, esforçaram-se por viver o Sint Unum entre os vários grupos da Família Dehoniana: consagrados dehonianos, membros de institutos religiosos fundados por dehonianos, e leigos dehonianos que partilham o nosso carisma e espiritualidade. A Sra. Mariolina apresentou os principais objetivos da Família Dehoniana:

  • Definir o papel dos seus membros de acordo com o seu estado de vida;
  • Dar a conhecer a Família Dehoniana aos seminaristas durante o período de formação;
  • Promover a formação dos leigos sobre o carisma dehoniano;
  • Divulgar a todos o seu Iter Formativo;
  • Manter a comunicação através da sua “Newsletter”;
  • Preparar um Encontro Internacional da Família Dehoniana por ocasião do centenário de morte do P. Dehon;
  • Promover o desenvolvimento da família dehoniana em todos os continentes. Há também algumas questões a considerar: Como manter uma boa comunicação com os vários grupos da família dehoniana e com a coordenação internacional? Como tornar a Família Dehoniana mais visível no mundo? Sra. Mariolina incentivou todas as entidades a apoiarem os leigos dehonianos, porque “a família dehoniana é um presente para o mundo”, disse ela.

Os grupos linguísticos hoje focaram seu trabalho sobre o tema da formação. Estes são alguns dos desafios identificados pelos grupos: boa formação dos formadores, trabalho em equipe de formação, falta de testemunho como formação pelo exemplo, promoção da formação permanente e incentivo à participação de todos, promoção da vocação e formação dos irmãos religiosos (muitas vezes esquecidos), seminaristas com frágil identificação com o nosso carisma, importância da direção espiritual, uso adequado das redes sociais. As recomendações e decisões concretas serão propostas posteriormente para serem votadas pela Assembleia Capitular e assumidas pelo Governo Geral.

Para encerrar os trabalhos de hoje, ouvimos a partilha de dois missionários convidados a falar no Capítulo: P. Jesús Manuel Baena Valbuena, de origem espanhola, e nos últimos três anos membro da comunidade de Nijmegen (Holanda); e P. Michael Fuh, de Camarões, missionário na comunidade de Trondheim (Noruega). Padre Jesus começou citando uma revista que leu certa vez na Casa Geral, que dizia “Deus fez todo o mundo, exceto a Holanda, que foi feita pelos holandeses”. Segundo ele, esta afirmação fala das lutas do povo holandês na construção da sua nação. Pode-se dizer que são teimosos, mas também têm muito orgulho dos seus valores e da sua independência. Padre Jesus vive em Nijmegen com outro confrade dehoniano. A vida deles é simples, mas muito alegre. Embora a sociedade holandesa tenha se distanciado das práticas religiosas tradicionais, muitas pessoas demonstram desejo de regressar a fé. Os nossos confrades servem em grupos de oração, celebram a Eucaristia, ajudam moradores de rua e migrantes, dirigem grupos de Lectio Divina, jovens e estudantes, grupos carismáticos, ajudam no seminário diocesano e estudam a possibilidade de servir na pastoral carcerária. Esperamos que o cristianismo “não seja como a luz de uma vela noturna que se apaga, mas que continue a arder como um fogo perpétuo”, concluiu o P. Jesús.

Padre Michael Fuh compartilhou sua experiência no que ele chamou a “missão bebê da Congregação”. Disse que na Noruega há vitalidade e esperança. Ele lembrou que o próprio P. Dehon visitou Trondheim em 1863 e disse: “Rezarei de todo o coração a Santo Olavo pela conversão deste povo”. Portanto, o nosso fundador é o primeiro missionário desta terra. A nossa comunidade dehoniana é formada por três confrades que foram acolhidos pelo bispo de Trondheim e instalados na catedral. Eles ainda estão estudando o idioma, mas já progrediram e celebram a missa em norueguês. Embora o tempo frio seja um desafio, P. Michael compartilhou que eles são amados pelas pessoas que apreciam sua presença. Segundo ele, há esperança para a missão porque o cristianismo está crescendo na Noruega.

Padre Carlos, superior geral, encerrou a sessão citando a pergunta do Evangelho: “Quem é este a quem até o vento e o mar obedecem?”. Nós sabemos a resposta, disse ele. É Cristo! Agradecemos a todos aqueles que se juntaram ao nosso barco, à Família Dehoniana e a todos os nossos missionários em todo o mundo. Lembremo-nos do que disse Jesus aos seus discípulos: “Por que vocês têm pouca fé? Por que vocês estão com medo?”. Depositemos, portanto, nossa confiança no Senhor.

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