Meditação de P. Dehon sobre o mistério do Natal do primeiro volume de Coroas de Amor.
O Espírito de infância é uma virtude especialmente cara ao Coração de Jesus. A criança é simples e pura, está totalmente abandonada aos cuidados de sua mãe; sejamos assim nas mãos de Jesus.
Vede Jesus na sua infância, ele simples, obediente e totalmente abandonado nas mãos de Maria e de José. Maria coloca-o sobre a palha e retoma-o, apresenta-o aos pastores e aos magos, e talvez lho dê a abraçar. Deixa que o levem à Circuncisão e à Apresentação ao Templo. O sacerdote Simeão toma-o nos braços. S. José leva-o para o Egipto e trá-lo de volta.
Em Nazaré, a sua vida resume-se em poucas palavras: «O menino crescia e fortificava-se, cheio de sabedoria e de graça – era submisso e obediente a José». É sempre o menino simples e abandonado aos seus pais.
E nós, não havemos de ser simples, confiantes, abandonados a respeito de Jesus, que nos adoptou por seus filhos?
L. Dehon, Coroas de Amor – Incarnação, 23